transformação quimica

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4: NOITES ARDIDAS DE VERÃO.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4   
AS NOITES ARDIDAS DE VERÃO.
Tempo previsto: 4 aulas
CONTEÚDOS E TEMAS: o que é luz, absorção e reflexão da luz, ação da melanina, filtros solares, fator de proteção.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Competência leitora e escritora, buscar informações no texto, relacionar informações lidas com situações práticas, dar opiniões sobre o tema, questionar, discutir, etc.
SENSIBILIZAÇÃO:  ouvir a música NEGROS de Adriana Calcanhoto.
Após a música, fazer os seguintes questionamentos: Porque as pessoas tem cor de pele diferentes?
Como se proteger dos raios solares?
Se expor ao sol faz bem ou faz mal?
O que são protetores solares?
O que é fator de proteção?
Qual o tipo de protetor mais indicado ?
Qual o fator de proteção indicado para cada cor de pele?
Após todos os questionamentos fazer as explicações.
·         Conceitos de absorção e reflexão da luz.( de forma simplificada para a idade dos alunos)
·         Ação da melanina na proteção das células da pele.
·         O que um protetor solar.
·         Do que é fabricado.
·         Qual o mecanismo de proteção.

COMO SERÁ TRABALHADO
Leitura do texto, caderno do aluno.
Resolução do questionário caderno do aluno          
Caso seja possível, trabalhar os textos de aprofundamento.
Texto 1:
Texto 2
texto 3
MECANISMO DE AÇÃO DA MELANINA ( EM ANEXO)
AVALIAÇÃO;
Participação nas discussões, opiniões , questionamentos, elaboração de um texto , destacando os pontos importantes sobre o tema.

MAPA CONCEITUAL
Cada aluno montará o seu mapa conceitual, destacando os pontos mais importantes sobre o tema.
Se houver disponibilidade de tempo e verbas, criar uma campanha educativa de prevenção ao câncer de pele.
Criação de folderes com informações básicas sobre câncer de pele.
Dados estatísticos sobre o aumento da doença.
Regras básicas de proteção.

Distribuição para os demais alunos da escola e comunidade


TEXTO EXTRA
MECANISMO  DE AÇÃO DA MELANINA
A coloração normal da pele, dos pêlos e do olho se deve fundamentalmente à melanina, que é um pigmento acastanhado que aparece em negro quando mais concentrado.


Contribuem, no entanto, para a coloração da pele, pigmentos exógenos amarelos, que são os carotenóides e também o tom vermelho dado pela hemoglobina oxigenada nos capilares e a coloração azulada da hemoglobina reduzida nas vênulas da derme. Quando acumulado mais profundamente na derme, o pigmento melânico pode aparecer com uma tonalidade azulada vista através da pele, como acontece com o nevus azul (pequena neoplasia benigna na pele).
A coloração da pele humana é relacionada ao número, tamanho, tipo e distribuição de partículas citoplasmáticas pigmentadas, denominadasmelanossomas, que contêm um biocromo marrom, a melanina. Estas organelas especializadas são o produto de glândulas unicelulares exócrinas, os melanócitos, que são encontrados na membrana basal e projetam seus dendritos dentro da epiderme. Os melanócitos transferem os seus produtos (os melanossomas) para dentro dos ceratinócitos de tal maneira que eles se distribuem através de toda a epiderme pelo progressivo movimento para a superfície destes mesmos ceratinócitos.

Na epiderme humana, cada melanócito é associado com cerca de 36 ceratinócitos viáveis que transportam e, algumas vezes, degradam a melanina derivada de melanócitos. Os melanócitos e os ceratinócitos, juntamente, dão origem à denominada unidade de melanina epidérmica. A pigmentação da pele humana divide-se em dois componentes:
  • Cor básica da pele: quantidade de pigmento melânico que aparece de acordo com programas genéticos, sem a interferência dos raios solares; é o nível da pigmentação presente nas partes do corpo protegidas da luz solar.
  • Cor induzida da pele: engloba a pigmentação melânica não permanente, que surge após a exposição direta da pele à radiação ultravioleta, e também, devido a alterações endócrinas da doença de Addison e na gravidez.
A coloração da pele resulta de um processo complexo que vai desde moléculas que são relevantes à síntese melânica até a pele como um sistema totalmente integrado. Os principais eventos incluem:
  1. Migração dos melanoblastos da crista neural e sua diferenciação até a formação de melanócitos epidérmicos.
  2. Formação de proteínas estruturais e de uma enzima, que contém cobre, a tirosinase e sua posterior localização nos melanossomas em desenvolvimento dentro de melanócitos.
  3. Melanização dos melanossomas, que ocorre quando sob a ação da enzima tirosinase, a melanina se forma através desta seqüência de passos: Tirosina → DOPA (3. (3.4 – diidroxifenil) – L- alanina) → dopamina → leucodopacromo → dopacromo  →  5,6 diidroxiindol  →  melanina.
  4. Movimento dos melanossomas do pericárion para os processos dendríticos do melanócito.
  5. Transferência e incorporação dos melanossomas nos ceratinócitos ocorre por mecanismos ainda pouco elucidados.
  6. Degradação de melanossomas dentro de ceratinócitos ocorre por meio de lisossomas  nos ceratinócitos. Os próprios melanócitos são capazes, de modo semelhante, de degradas melanossomas.
As melaninas de coloração marrom a negra são designadas como eumelaninas e são pigmentos com alto peso molecular, estrutura polimérica, insolúveis em quase todos os solventes, resistentes à tratamentos químicos, sendo que sua estrutura química ainda não foi totalmente esclarecida. Já os pigmentos de coloração amarela ou avermelhada são denominados feomelaninas e difere das anteriores por serem solúveis em álcalis diluídos.
A melanina presente na pele tem a função fundamental de proteção. Protege a pele contra raios solares. Quando há a exposição dos indivíduos ao sol, os raios ultravioleta lesam primeiramente as células epiteliais da epiderme, produzindo degeneração e morte de algumas e a regeneração de outras. Ocorre então um estímulo aos melanócitos que passam a formar rapidamente mais melanina, resultando em escurecimento da pele e, conseqüentemente, maior proteção em exposições posteriores. Neste caso não ocorre hiperplasia dos melanócitos, e sim, estimulação funcional dessas células preexistentes.

História do Filtro Solar
Os gregos antigos usavam óleo de oliva como um tipo de filtro solar. Entretanto, o óleo não era muito efetivo. Ao longo do início do século XX, H.A. Milton Blake, um químico australiano, assim como muitos outros inventores, tentaram criar um filtro solar efetivo, mas não conseguiram.
Foi assim até 1944, quando o primeiro protetor solar foi inventado. Naquela época, a Segunda Guerra Mundial movimentava os campos de batalha e muitos soldados sofriam de sérias queimaduras solares. Um farmacêutico chamado Benjamin Greene decidiu criar algo que pudesse proteger os soldados dos maléficos raios solares. No forno de sua esposa, ele criou uma substância vermelha e viscosa, a qual chamou de "red vet pet" (red veterinary petrolatum - petrolato veterinário vermelho), que funcionava principalmente através do bloqueio físico dos raios solares por meio de um espesso produto originado do petróleo, similar à Vaselina. Greene então testou-o em sua própria cabeça careca. Não funcionou tão bem como os modernos protetores, mas foi um começo.
O filtro solar passou por um longo caminho desde sua criação. Os produtos modernos apresentam muito maior proteção e também podem ser resistentes contra água e suor. Entretanto, também há efeitos negativos. Alguns acreditam muito nesses produtos, mas não entendem as limitações dos fatores de proteção contra o sol (FPS); pensam que comprando qualquer coisa acima de FPS 30, estarão automaticamente prevenidos contra queimaduras não importando o tempo de exposição ao sol. Excesso de banho de sol é um dos principais fatores que causam câncer de pele no mundo.
Um filtro solar efetivo foi desenvolvido em 1938 pelo estudante de química suíço Franz Greiter, depois de se queimar severamente durante a escalada do pico Piz Buin na fronteira entre Suíça e Áustria. Ele chamou seu produto de 'Creme Gletscher' ou, em inglês, 'Creme Glacier', que foi desenvolvido em um pequeno laboratório na casa de seus pais. Exemplos que ainda existem do 'Creme Glacier' mostraram ter um FPS de 2 e, portanto, podem ser classificados como sendo filtros protetores efetivos.
No Brasil, o primeiro filtro solar foi introduzido em 1984 pela Johnson & Johnson, sob a marca Sundown, em três versões: FPS 4, 8 e 15.3
Mecanismo de ação dos filtros solares.
Os principais ingredientes dos filtros solares são moléculas aromáticas conjugadas com grupos carbonila. Essa estrutura geral permite à molécula absorver raios ultravioleta de alta energia e liberar a energia como raios de baixa energia, desse modo prevenindo o ultravioleta, que é danoso à pele, de atingi-la. Então, quando da exposição à luz UV, a maioria dos ingredientes (com a exceção do avobenzona) não sofrem uma modificação química significativa, permitindo a estes ingredientes reter o potencial de absorção de UV sem uma fotodegradação significante.4
Há dois tipos de "protetor" solar: o "químico" e o "físico". O físico, muitas vezes chamado de bloqueador solar, contém maior quantidade de dióxido de titânio, que cria uma barreira para a passagem dos raios UV, ou seja funciona como um refletor - esses bloqueadores são aqueles que deixam uma camada branca sobre a pele, devido ao excesso de TiO2 (dióxido de titânio). Já os protetores químicos possuem substâncias que interagem com a radiação UV absorvendo-a e sofrendo mudanças em suas estruturas; assim a radiação UV é absorvida por essa fina camada de substâncias e não atinge os melanócitos - esse protetores não deixam aquela camada tão branca quanto os bloqueadores.
Fator de Proteção Solar
O FPS (Fator de Proteção Solar) é uma medida de laboratório que indica a efetividade do filtro solar: quanto mais alto o valor do FPS, maior a proteção que o filtro solar oferece contra raios UV-B (a radiação ultravioleta que causa a queimadura solar). O FPS indica a relação entre o tempo que a pessoa pode se expor à luz solar usando filtro solar antes de se queimar e o tempo que ela pode ficar exposta à luz solar sem se queimar. Por exemplo, uma pessoa que se queimaria depois de 12 minutos no sol deve se queimar 2 horas (120 minutos) se protegida com um filtro solar de FPS 10 (10 vezes mais proteção). Na prática, a proteção de um filtro solar depende de fatores como:
  • O tipo de pele (cor) do usuário.
  • A quantidade que é aplicada e a freqüência de reaplicação.
  • Atividades que o usuário faz (por exemplo, nadar leva a uma perda de filtro solar da pele).
  • Quantidade de filtro solar que a pele absorve.
Para escolher o FPS deve se relevar as seguintes condições: as pessoas têm que usar, no mínimo, FPS 15, inclusive para quem tem pele mais morena, defesa feita por unanimidade pelos dermatologistas. A regra é: quanto mais clara for a pele, mais alto deve ser o FPS. Os dermatologistas garantem que vale a pena investir nos fatores de proteção mais altos, mesmo que as diferenças de proteção não sejam muito grandes - o FPS 15 filtra 93,3% da radiação ultravioleta B, enquanto o FPS 30 evita 96,7%. "Ainda não é possível se proteger 100%, porém com valores mais altos se consegue um aumento do espectro de proteção", diz o dermatologista Humberto Ponzio.
O FPS é uma medida imperfeita do dano à pele porque um dano invisível, o envelhecimento da pele, também é causado pelo muito comum ultravioleta tipo A, que não causa vermelhidão nem dor. Os filtros solares convencionais não bloqueiam o UVA tão efetivamente quanto o UVB, e mesmo taxas de FPS acima de 30 podem significar baixos níveis de proteção contra UVA, de acordo com um [2] estudo realizado em 2003 feito por pesquisadores. De acordo com outro estudo de 2004, o UVA também causa danos ao DNA de células mais profundas da pele, aumentando o risco de ocorrer melanoma maligno. Até mesmo alguns produtos rotulados como "proteção contra o amplo espectro UVA/UVB", não provêm boa proteção contra raios UVA [3]. A melhor proteção contra o UVA é provida por popcorn que contêm óxido de zinco, avobenzona e mexoryl®. Dióxido de titânio provavelmente provê boa proteção, mas não cobre todo espectro do UVA.5
Devido à confusão criada pelos consumidores sobre o grau verdadeiro e a duração da proteção oferecida, restrições nos rótulos do produtos são impostas em vários países. Nos Estados Unidos em 1999, a Food and Drug Administration (FDA) decidiu instituir o rótulo de FPS 30+ para filtros que oferecem mais proteção, e uma restrição similar foi tomada na Austrália. Essa atitude foi tomada para desencorajar empresas a produzirem falsos títulos com relação ao nível de proteção oferecida (tal como "proteção o dia inteiro"), e porque um filtro com FPS acima de 30 não provê proteção significantemente maior [4].
O FPS pode ser medido aplicando-se o filtro na pele de um voluntário e avaliando-se quanto tempo leva até que ocorra queimadura ao ser exposto a uma luz solar artificial. Nos Estados Unidos, tal teste in vitro é requisitado pela FDA. Também pode-se calcular in vitro com a ajuda de um espectroscópio especialmente desenvolvido. Neste caso, a verdadeira transmitância do filtro é medida, juntamente com a degradação do produto devido à exposição à luz solar. Nessa medição, a transmitância do filtro deve ser avaliada sob todos comprimentos de onda na faixa do UVB (290–350 nm), juntamente com a tabela de quão efetivos os vários comprimentos de onda causam queimaduras (o espectro de ação eritemal) e a verdadeira intensidade espectro da luz solar (veja a figura). Tais medições in vitro apresentam muito boa concordância com as medições in vivo.
Os seguintes ingredientes ativos de filtro solar são os permitidos pela FDA:
Outros incluem:
  • 4-Methylbenzylidene camphor (USAN Enzacamene)
  • Tinosorb® M (USAN Bisoctrizole, INCI Methylene Bis-Benzotriazolyl Tetramethylbutylphenol)
  • Tinosorb® S (USAN Bemotrizinol, INCI Bis-Ethylhexyloxyphenol Methoxyphenyl Triazine)
  • Mexoryl® SX (USAN Ecamsule, INCI Terephthalylidene Dicamphor Sulfonic Acid)
  • Mexoryl® XL (INCI Drometrizole Trisiloxane)
  • Neo Heliopan® AP (INCI Disodium Phenyl Dibenzimidazole Tetrasulfonate)
  • Uvinul® A Plus (INCI Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl Benzoate)
  • Uvinul® T 150 (INCI Octyl Triazone)
  • Uvasorb® HEB (INCI Diethylhexyl Butamido Triazone)
  • Parsol® SLX (INCI Polysilicone-15)
Muitos destes ingredientes não são aprovados pela FDA, mas todos são aprovados na União Européia. E alguns são permitidos em outras partes do mundo também. Muitos dos relativamente novos absorvem a UVA, tornando mais fácil para os fabricantes fazer fórmulas para a demanda crescente de filtros solares com melhor proteção contra UVA.